Quando jovem, Steve Jobs não gostava de tomar banho. Ele achava que consumir drogas havia sido uma experiência benéfica. E, sim, ele recusou a cirurgia quando soube que tinha câncer. Essas são algumas das muitas revelações da biografia autorizada do fundador da Apple, que começou a ser vendida hoje no Brasil e em outros países.
O livro, que se chama simplesmente Steve Jobs, vem carregado de detalhes sobre a vida do empresário. Walter Issacson, o autor, trabalhou nele durante sete anos e fez mais de 40 entrevistas com o próprio Jobs, além de ter falado com muitas outras pessoas que conviveram com ele. Jobs, que convidou Isaacson para escrever sua biografia, não censurou a obra. Ela traça um retrato sem muitos retoques do empreendedor. Veja, a seguir, 20 fatos interessantes contados por Isaacson no livro.
Cristianismo
Jobs foi criado por luteranos, mas abandonou a religião cristã aos 13 anos, depois que viu uma foto de crianças morrendo de fome na capa da revista Life. Ele perguntou ao pastor se Deus sabia que aquilo estava acontecendo e não gostou da resposta. “O Cristianismo deixa de fazer sentido quando começa a se basear mais na fé do que em viver como Jesus”, disse ele a Isaacson.
Deus
Depois de abandonar o Cristianismo, Jobs acabou se convertendo ao Budismo Zen. Ele contou ao biógrafo que tinha dúvidas sobre a existência de Deus: “Acho que as diversas religiões são diferentes portas para a mesma casa. Às vezes, acho que a casa existe. Outras vezes, acho que não. É um grande mistério.”
Drogas
Jobs começou a fumar maconha aos 15 anos. Mais tarde, passou a tomar LSD. “Era uma experiência profunda, uma das mais importantes da minha vida”, disse Jobs. “A droga reforçou minha habilidade de distinguir o que era importante – criar coisas grandiosas em vez de ganhar dinheiro apenas.”
A caixa azul
O primeiro produto fabricado por Jobs e seu sócio Steve Wozniak, antes da fundação da Apple, foi a Blue Box. Era um dispositivo eletrônico que produzia tons de áudio usados para transmitir comandos às centrais telefônicas. O objetivo era enganar a central e fazer ligações sem pagar. Jobs e Woz venderam cerca de uma centena dessas caixas por 150 dólares cada uma.
Mau cheiro
Quando jovem, Jobs não gostava de tomar banho. Quando trabalhava na Atari, em 1974, seu chefe, Al Alcorn, o transferiu para o turno da noite para que o mau cheiro não incomodasse os demais funcionários. Em 1977, quando a Apple se preparava para lançar o Apple II na West Coast Computer Faire, o investidor Mike Markkula teve de convencer Jobs a tomar um banho e vestir um terno para ir ao evento. Mike Scott, o primeiro presidente da Apple, conta que, numa das primeiras conversas que teve com Jobs, disse a ele que deveria tomar banhos mais frequentes. Scott conta que Jobs, naquela época, seguia uma dieta à base de frutas. Ele acreditava que a dieta evitaria os odores corporais. Assim, um banho por semana seria suficiente.
Amigos x negócios
Daniel Kottke era amigo de Jobs na faculdade e havia viajado com ele para a Índia. Também foi um dos primeiros funcionários da Apple. O contrato de trabalho de Kottke não dava direito a opções de ações. Quando a empresa abriu seu capital, em 1980, ele foi falar com Jobs, reivindicando o benefício que outros funcionários tinham. Jobs recebeu Kottke com frieza e disse não. “Entrei em choque, comecei a chorar e não consegui mais falar. A amizade tinha acabado”, disse Kottke a Isaacson.
8 Macintosh
O Macintosh foi a materialização da visão de Jeff Raskin, um engenheiro que queria tornar os computadores mais fáceis de usar. Enquanto Raskin liderava o desenvolvimento do Mac, Jobs cuidava do Lisa, o primeiro computador com interface gráfica, que seria um fracasso comercial. Mas, em 1980, em meio a um conflito com a direção da Apple, Jobs foi afastado do projeto Lisa e do cargo de vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento. Ele disse a Isaacson que esse fato, que poderia ter sido traumático, acabou se revelando positivo. “Foi como voltar à garagem. Eu tinha minha própria equipe e estava no controle”, disse ele. De fato, como se sabe, o Macintosh acabou se tornando muito mais importante para a Apple do que o Lisa.
9 Reality Distortion Field
Quando Steve Jobs passou a comandar o desenvolvimento do Macintosh, sua relação com Jeff Raskin – o engenheiro que havia liderado o projeto inicialmente – se deteriorou. Raskin saiu da empresa e Jobs chamou Andy Hertzfeld para substituí-lo. Um programador da equipe alertou Hertzfeld que ele estaria sujeito ao “campo de distorção de realidade” de Jobs. O termo passaria a ser usado para designar a maneira obstinada como Jobs convencia outras pessoas a fazer coisas que, às vezes, elas próprias achavam absurdas.
10 Pixar
Jobs comprou a divisão de computação gráfica da Lucasfilm e transformou-a na Pixar. Mas o que atraiu Jobs foi principalmente a área de desenvolvimento de hardware e software da empresa. A área de animação veio junto e acabou se transformando em seu principal – e depois único – negócio.
11 Fortuna
Financeiramente, a Pixar foi o melhor negócio que Jobs fez em sua vida. Ele pagou 50 milhões de dólares por 80% da empresa. Quando ela abriu seu capital, essa participação passou a valer 1,2 bilhão de dólares.
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